menu

Concluída com sucesso simulação de incêndio no TCE/SC

qua, 08/02/2023 - 19:27
Banner com a foto da simulação. Em primeiro plano, dois bombeiros militares e uma “vítima” sendo resgatada pela escada do Corpo de Bombeiros. Ao fundo, servidores do TCE/SC, na calçada, assistem à operação. Sobre a foto, tarja bordô com o texto Brigada de Incêndio. E no canto superior direito, o logo da Brigada de Incêndio.

Dezessete minutos foi o tempo necessário para que todas as pessoas que estavam no Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) saíssem de suas dependências, durante a simulação de incêndio ocorrida na tarde desta quarta-feira (8/2), em Florianópolis. Para o subtenente do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, Jacymir Santos de Oliveira, que também faz o acompanhamento da Assessoria Militar do TCE/SC e coordenou toda a ação, esse tempo foi considerado excelente. 

Além da desocupação dos prédios, o exercício serviu para treinamento de atendimento pré-hospitalar de qualidade e de combate e contenção de início de fogo. Toda a ação foi uma exigência legal para que ocorresse a formatura da primeira turma da Brigada de Incêndio da Corte de Contas, integrada por 24 voluntários, sendo 12 servidores e 12 colaboradores terceirizados.  

A solenidade de formatura, que contou com a presença do presidente do Tribunal, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, e do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, coronel Fabiano de Souza, ocorreu no auditório do TCE/SC, após a simulação. A Brigada de Incêndio do TCE/SC foi instituída pela Portaria 544/2022

“Esse bem-sucedido simulado representa o início do ciclo de prevenção continuada contra incêndio que o nosso Tribunal passa a desempenhar de forma inédita”, frisou o presidente Adircélio, na solenidade. Ele explicou que desde o início de sua gestão, em fevereiro de 2019, já havia a intenção de se criar a Brigada na Corte de Contas, providência que teve que ser adiada em função da pandemia de covid-19. 

O presidente lembrou que o TCE/SC “tem pautado suas ações no controle da gestão pública para a prevenção e é assim que também queremos agir em relação não apenas aos bens materiais, mas aos nossos recursos humanos, maior patrimônio desta Casa”. 

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Fabiano de Souza, parabenizou a Corte de Contas, dizendo que “a iniciativa de criar sua brigada de incêndio é digna de exemplo não apenas para Santa Catarina, mas para todo o Brasil”. O coronel Fabiano ressaltou ser importante e necessário que todo gestor público entenda que a formação de uma brigada visa, principalmente, proteger os seus servidores, que trabalham numa mesma edificação. Ele lembrou o episódio do incêndio da boate Kiss, ocorrido há 10 anos no Rio Grande do Sul, com 242 mortos e aproximadamente 650 feridos, onde o sistema de segurança contra incêndio não funcionou. 

Durante a solenidade, duas brigadistas falaram em nome de todos os formandos. A auditora fiscal de controle externo Michele Padovese de Arruda agradeceu todo o apoio recebido da administração superior do Tribunal de Contas. Para ela, a brigada foi uma mudança de paradigma em sua vida. “Ser brigadista é como passar por um portal em que conhecemos um novo mundo a nossa volta”, comentou. E expressou o desejo de que o TCE/SC possa ter a melhor brigada de Santa Catarina ou até mesmo do Brasil. 

Já a colaboradora terceirizada Tatiana de Souza evidenciou a motivação e a alegria que tomou conta de todos os brigadistas. “Neste curso, não aprendemos apenas a salvar vidas, a imobilizar, a transportar paciente em maca, a fazer manobras de Heimlich, a aferir sinais vitais, a fazer rapel, entre outras técnicas, esse curso nos ensinou também a trabalhar em equipe”. E lembrou exemplos de resgates, citando bombeiros “que também choram, e nesses choros conhecemos histórias com finais felizes e tristes, histórias de homens que deram tudo de si para ajudar alguém, e a cada história nosso brilho no olhar se intensificava mais”. 

 

A simulação 

A sede do Tribunal é composta por um edifício com 16 andares e dois blocos com quatro andares cada, onde trabalham cerca de 500 servidores. A simulação iniciou por volta das 16h30, com o acionamento de alarme.  

O subtenente Jacymir explica que, em situações reais, poderão ser ativados dois alarmes. O primeiro ocorre automaticamente, assim que o sensor de algum ambiente das instalações do TCE/SC percebe a existência de fumaça. Quando esse alarme toca, um brigadista dirige-se imediatamente à cabine central de controle, para identificar em que setor houve o disparo do alarme. Ao localizar o ponto, o brigadista comunica à equipe para se dirigir ao local.  

Em se constatando um princípio de incêndio, é comunicado ao brigadista na cabine central para que dispare o segundo alarme. É a partir deste segundo sinal que todos os ocupantes do prédio deverão abandonar as dependências, orientados pela equipe de brigadistas, que já estará de prontidão para indicar as saídas. A descida dos andares dos três edifícios deve ser feita pelas escadas, pois os elevadores são desligados. 

 

Atendimento a vítimas 

Além da desocupação das dependências do TCE/SC, a ação simulou atendimento e remoção de vítima de queda em escada e fratura de membro inferior; atendimento e retirada de vítima por sistema de cordas ou escada mecânica; combate a princípio de incêndio; retirada de vítima apresentando mal súbito; e salvamento de pessoa com queimadura. Estava prevista a participação do helicóptero Arcanjo, para retirada de uma vítima, mas não foi possível, diante da necessidade de atuação em uma ocorrência real — ocorreu apenas um sobrevoo. 

O subtenente Jacymir destaca que a sede do Tribunal de Contas é a única, dentre os órgãos públicos do Estado, que possui “habite-se” e alvará anual do Corpo de Bombeiros. Ele cita alguns equipamentos importantes no edifício-sede como fundamentais para a proteção e para a segurança contra incêndio. 

Um desses equipamentos é o sistema de detecção e o alarme de incêndio com sensores de detecção de fumaça em cada ambiente, além de acionadores manuais (quebra-vidros) posicionados estrategicamente nos pavimentos. A Central de Alarme Inteligente, que recebe os dados de cada sensor identificando o local com foco de incêndio, pode ser monitorada remotamente. 

O TCE/SC também dispõe de um sistema preventivo de incêndio, composto pela sinalização das saídas de emergência, instalação da iluminação de emergência, indicação das rotas de fuga, a partir de fitas luminescentes implantadas no piso, além do próprio sistema preventivo integrado por hidrantes e extintores em cada andar. 

O prédio principal possui duas escadas enclausuradas à prova de fumaça, que suportam o fogo por pelo menos duas horas. Elas são necessárias, em função da área do “pavimento tipo” ser superior a 750m². Nas escadas enclausuradas, em cada pavimento foi incluída junto ao patamar de acesso uma área de resgate, destinada a manter em segurança pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, enquanto aguardam socorro em situação de sinistro. 

Em todos os ambientes da sede do TCE/SC foi instalada sonorização, o que garante a comunicação, em tempo real, em caso de emergência. 

Outro ponto ressaltado é o heliponto de resgate e a área de concentração de pessoas (acima do ático), em atendimento às Normas de Segurança Contra Incêndio do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (NSCI 94) para edifício público com altura superior a 40 metros — o novo edifício-sede do TCE/SC tem 60,05 metros de altura, a contar do nível da rua.  

Segundo as normas, toda edificação pública com altura superior a 40 metros deverá dispor de local para resgate aéreo, com áreas de concentração e de pouso e decolagem de emergência. O heliponto é utilizado somente pelo Corpo de Bombeiros, especialmente para resgate de pessoas, no caso de incêndio. 

  

O treinamento 

O curso de formação da Brigada de Incêndio teve um total de 48 horas/aula, com etapas teóricas e práticas. Segundo o subtenente Jacymir, o treinamento realizado foi um dos mais especializados do país. Ele explica que foi seguido o protocolo Sweede Survival System (Sistema de Sobrevivência Sueco), no qual a equipe de treinamento fica durante 15 minutos dentro de um container em chamas, submetida a todos os fenômenos do fogo, a uma temperatura de 600 graus.  

“É um exercício muito especializado que foi trazido para o Brasil, e a brigada do TCE/SC foi a primeira brigada voluntária do país a participar deste treinamento. Assim sendo, essa brigada é de extrema qualidade e possui conhecimento pleno sobre o comportamento do fogo”, explicou o subtenente. 

Sob orientação dos bombeiros, os brigadistas aprenderam a manusear extintores, a lançar mangueiras para montar as linhas de combate de incêndio e a utilizar corretamente os equipamentos de proteção individual (EPIs). Além disso, passaram por treinamentos de atendimento pré-hospitalar com uso de equipamentos de imobilização e de desfibriladores cardíacos. 

O objetivo da formação da Brigada de Incêndio é adequar o TCE/SC à lei de segurança contra incêndio, formando uma brigada com qualidade, de nível avançado, com educação continuada e comprometida com a vida humana e o patrimônio do Tribunal.  

Algumas das atribuições da brigada são a identificação dos perigos e dos riscos existentes, a inspeção periódica dos equipamentos e de combate a incêndio e das rotas de fuga do edifício principal e dos dois blocos. 

 

 

Acompanhe o TCE/SC 
www.tcesc.tc.brNotíciasRádio TCE/SC 
Twitter: @TCE_SC 
Youtube: Tribunal de Contas SC 
Instagram: @tce_sc 
WhatsApp: (48) 98809-3511 
Facebook: TribunalDeContasSC 
Spotify: Isso é da sua conta 
TikTok: @tce_sc 

Galeria de Fotos
Fechar
Sessões e eventos

Conteúdo bloqueado pelo usuário
Cookies de terceiros negado.

Gerenciar Cookies

Destaques