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LOCUTOR: O conselheiro do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), Luiz Eduardo Cherem, participou na quarta-feira, dia 18, de uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa (Alesc) para debater a situação da pandemia no Estado.

Na oportunidade o conselheiro afirmou que, além do combate ao vírus da Covid-19, é preciso que as instituições se unam contra a desinformação. Cherem, que é responsável pela relatoria temática relacionada ao combate à pandemia, no âmbito do TCE/SC, salientou que o viés ideológico tem afetado os resultados no enfrentamento do coronavírus.

(Sonora Luiz Eduardo Cherem)
É muito importante a informação, quem entende de saúde é a ciência, não é a ideologia e lamentavelmente o Brasil enfrenta hoje um cunho ideológico que eu nunca vi nada parecido, nunca vi nada igual. Lockdown virou palavrão, quando você fala em distanciamento social parece que há uma situação muito delicada em relação a isso. O uso de máscara, você vê aí hoje pessoas que não acreditam que o uso de máscara funcione, pela questão ideológica, há enfrentamentos, constrangimentos públicos a esse respeito. A vacina foi vista ideologicamente de uma maneira totalmente equivocada.

LOCUTOR: O conselheiro Cherem também citou os estudos e levantamentos que o Tribunal de Contas tem feito em relação à pandemia, como os acompanhamentos relacionados à distribuição e aplicação das vacinas. Elogiou a atuação dos municípios e relatou a dificuldade que é combater uma doença nova na qual os conhecimentos vão se dando conforme ela avança.

(Sonora Luiz Eduardo Cherem)
Os municípios de uma maneira geral têm feito sua contribuição, têm encarado, não é fácil ser prefeito numa situação dessa, aonde o poder econômico briga com os protocolos sanitários, mas estão fazendo um bom trabalho, estão fazendo um trabalho correto, dentro das suas possibilidades. Acredito também que o Estado botou o trem nos trilhos. No começo foi um pouco mais difícil, mas também com a imprevisibilidade desse vírus, com a fala de parâmetros até então desconhecidos, teve seus erros e seus acertos. Mas acredito que hoje, principalmente no ano de 2021 os resultados estão aparecendo, as campanhas de vacinas estão muito bem elaboradas

LOCUTOR: A audiência pública foi conduzida pelo deputado estadual Neodi Saretta, que preside a Comissão de Saúde da Alesc. Entre outros convidados, participaram o Secretário Estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, e o promotor de justiça, Douglas Martins, representando o Ministério Público de Santa Catarina.

A coordenadora da Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19, Vida e Justiça, Tânia Ramos, falou que aumentou o número de órfãos e que muitas pessoas não conseguiram retomar as atividades por causa das sequelas. Tânia Ramos ainda falou sobre a falta de atendimento às pessoas que sofreram algum tipo de consequência física ou social por causa da doença.

(Sonora Tânia Ramos)
Estamos então chamando a atenção dos nossos governantes que em nenhum momento estão preocupados com milhões de pessoas que estão jogadas a sua própria sorte, pois essas vítimas vivas e das famílias fatais, estão sem assistência dos setores públicos. Sem assistências na área da saúde para sua recuperação e reparação após covid-19.

LOCUTOR: Outra abordagem foi sobre a variante delta, que é mais contagiosa e já tem transmissão comunitária em Santa Catarina. O assunto foi tratado pela epidemiologista Alexandra Boing, que alertou para os riscos que o Estado ainda enfrenta.

(Sonora Alexandra Boing)
O que nos causa grande preocupação é que agora a gente tem uma questão adicional, que é a presença da variante delta. O recado que eu quero deixar é que Santa Catarina ainda, o nosso cenário não é confortável, a gente não pode baixar a guarda, a gente precisa avançar mais, para que a gente possa unir esses esforços para proteger nossa população, proteger nossas crianças e que a gente possa vencer essa pandemia de uma forma mais rápida e possível, com menos perdas e com menos sofrimento.

VINHETA TCE INFORMOU

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