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Palestra de Washington Novaes expôs preocupação com esgotamento dos recursos naturais

qua, 06/06/2012 - 15:58
Palestra de Washington Novaes expôs preocupação com esgotamento dos recursos naturais

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o jornalista Washington Novaes elogiou as iniciativas do Tribunal de Contas de Santa Catarina no sentido de reduzir o consumo de materiais de expediente, além de outras medidas já adotadas visando à sustentabilidade ambiental, como a lavação a seco dos carros da frota oficial e a construção do novo prédio seguindo o conceito de green building, que traz vantagens ambientais e econômicas. Ele iniciou sua palestra “A sustentabilidade e a crise de recursos no planeta: a economia verde e o desenvolvimento sustentável na Rio+20” com um alerta: “o mundo é finito e não infinito”.

O aumento da população mundial vai levar a uma maior necessidade por alimentos. “Vinte e cinco por cento dos estoques pesqueiros no mundo estão esgotados”, exemplificou. “Até 2030 precisaremos de 50% mais de alimentos, 45% mais de energia, 30% mais de água potável”, disse Novaes, citando números da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ele destacou que muitas pessoas não têm noção da quantidade de água que consomem, pois consideram nessa conta somente os litros que cada uma bebe ou gasta no banho ou na lavagem de louças e roupas. Esquecem do consumo indireto. “Para se produzir apenas um quilo de carne de boi são usados 15 mil litros de água”, contou, baseado em dados do Fórum Mundial da Água, realizado em Quioto (Japão), em 2003, pela ONU.

Novaes defendeu o uso racional dos recursos naturais e materiais. Ele citou uma frase de Mahatma Gandhi relativa ao uso inadequado do que o Planeta nos oferece e que consta em documento da ONU, datado de 30 de janeiro deste ano, com recomendações para a sustentabilidade do mundo: “a Terra dá o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a sua ganância”.

“A perda média de água nas redes urbanas é de 40%”, disse, referindo-se às perdas que ocorrem no sistema de distribuição, por falta de manutenção dessas estruturas. Além do crescimento da população, ressaltou que o incremento da classe média está promovendo o aumento do consumo, e consequentemente a geração de mais resíduos. Segundo dados apresentados pelo jornalista, cada habitante consome, por ano, 7 toneladas de recursos materiais. “Com mais dois bilhões [de habitantes], pelo menos, até 2050, serão 65 bilhões de toneladas/ano", salientou. Hoje, o mundo tem cerca de 7 bilhões de habitantes.

A respeito da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Novaes mencionou os dois temas principais do evento: a economia verde e a governança do desenvolvimento sustentável. “Ela [a Conferência] não vai fazer um balanço desses 20 anos porque seria melancólico”, lamentou, reportando-se aos 20 anos da Eco-92. “É preciso cuidado para que o evento não resulte apenas em declarações de intenções”, acrescentou.

O palestrante lembrou que muitas das metas estabelecidas na época não foram cumpridas. De acordo com a Agenda 21 Global, elaborada na ECO-92, os países ricos destinariam 0,70% de seu PIB (já destinavam 0,37%) para os mais pobres. “Mas a contribuição dos ricos caiu de 0,37 para 0,30% do PIB”, informou.

Outras palestras
Nesta quarta-feira (6/6) à tarde, haverá mais duas palestras. A servidora do Tribunal de Justiça do Estado Elizete Lanzoni Alves contará a experiência da instituição com a gestão ambiental. E o ministro-substituto do Tribunal de Conta da União Weder de Oliveira falará sobre gestão fiscal e sustentabilidade.

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